"Sonhando danças, vigil marcas passo
Vivendo dormes, vives se adormeces
Na caixinha de música em que esqueces
Como um velho, sobre o éter do bagaço.
Oh, em ti rodopias, pobre piasca,
Que sonhas teu compasso visionário,
A falsa valsa, o baile imaginário
Nos clássicos salões da tosca tasca.
E abraços tantos são em que te abraças
Que em sonho lasso o abraço lhe prolongas;
Em aguardente imerso o capitão
Assim aceita os braços de outras braças.
A vida… Porque nela te delongas?
A vida cabe toda num caixão."