Primeiro pensa-se nas estradas,
nos blocos de pisos
de vinte andares,
nas redes eléctricas
que irão abastecer
centenas de milhares
de aparelhos televisivos.
Enterram-se redes quilométricas
de tubagens de ida e de volta;
cobrem-se com cimento e cinza
grandes porções
aplainadas de campo,
e ordenadamente colocam-se ali
os carros,
espalham-se os cartazes publicitáios
por todos os sítios vagos oportunos
e põem-se em marcha
os poderosos motores
da ventilação artificial.
Por último, polvilha-se tudo
com seres humanos
até não caberem mais.
E começa-se então a viver.
Pois... era este fim-de-semana.