"Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada."
Hoje, temos direito a dois extras...
O Gregory Porter num Cyber dueto com o Buddy Holly
E a fantástica coleção de músicas de Natal do Sufjan Stevens: escrita ao longo de muitos anos, para enfrentar uma relação difícil do músico com a quadra, é um poderoso antídoto contra a solidão e a tristeza!